InícioDicasEstudosO que a agricultura tem a ver com a colonização de outros planetas?

O que a agricultura tem a ver com a colonização de outros planetas?

A colonização de outros planetas passa principalmente pela agricultura. Afinal, estamos falando de pessoas morando permanentemente fora da Terra. Para isso, ter condições de gerar alimentos é fundamental para a sobrevivência humana e de animais.

Hoje ainda essa possibilidade é distante, e os motivos são vários. Vamos começar com a Lua, que é nosso satélite natural e está mais perto de nós. Uma viagem até lá dura de três a quatro dias. E quais são os próximos passos?

Se estamos falando de colonização permanente, devemos pensar em fontes de água no satélite. A Lua até tem, mas para extraí-la é um processo que ainda não dominamos, e não sabemos qual será o rendimento. Afinal, água é fundamental para a sobrevivência, e levar água da Terra é um processo bastante caro. Sem água, sem vida, e sem condição de plantar nenhum alimento.

Outro detalhe é saber se na Lua o solo é bom o suficiente para a agricultura. Quais são os minerais existentes? É possível adaptar o solo de forma a receber algum tipo de plantação? E a captação de oxigênio por parte das plantas, para que elas possam sobreviver? Tudo isso tem a ver com  a agricultura.

Grandes desafios

Isso que estamos falando somente da Lua, que é o destino mais próximo no espaço. Os desafios são enormes, visto que devemos adaptar o planeta às condições terrestres, em um primeiro momento. Para que pessoas, animais e plantas se desenvolvam sem problemas, há que se considerar a pressão atmosférica, a quantidade de água, a facilidade de se obter oxigênio e a qualidade do solo.

Em filmes de ficção científica, é possível ver colonizações humanas em planetas distantes que moram em ambientes com grandes domos feitos de um material transparente. Dentro deles, a temperatura e a pressão são as mesmas da Terra, e lá é possível andar sem precisar de vestimentas especiais. Dá até para plantar e criar animais. Fora desses domos, não tem como não usar roupas de astronauta: uma pessoa morreria nessas condições hostis.

Assim, para tornar um planeta habitável, o processo é longo e bem caro, até para ver se é realmente viável. O candidato com mais chances de sucesso nessa empreitada é Marte, que tem uma estrutura parecida com a da Terra.

Agricultura: por onde começar?

Imaginemos que vamos estabelecer uma colônia em Marte. Já há vários robôs em solo marciano explorando o local, analisando o solo, procurando depósitos de água e verificando as diferenças de temperatura. Isso é o começo do começo. Para mandar uma equipe humana à Marte é o primeiro grande desafio, porque há o fator distância. O tempo mínimo de viagem até o planeta vermelho é de sete a oito meses!

Como confinar humanos em uma nave espacial por tanto tempo? Como pensar em alimentação, saúde (física e psicológica) e convivência entre os colegas de missão? Bom, uma vez superado esse desafio, eles não vão para ficar alguns dias. Vão para ficar meses. Precisam criar uma espécie de abrigo que os proteja dos ventos, falta de pressão, tempestades de areia e outras adversidades.

A comida entra logo em seguida. Com o que já se sabe hoje, o solo marciano tem bastante ferro na sua composição (por isso sua cor é vermelha), e pouca água. Para que ele se torne mais ou menos próximo com algo com o qual se possa praticar agricultura, é necessário um tratamento com substâncias químicas e minerais. Assim, será possível fazê-lo mais fértil para germinar plantas mais simples.

Nada é de um dia para o outro

Esse processo de terraformação pode levar décadas, ou até séculos, para ser concluído. Afinal, não se começa agricultura levando sementes de grandes árvores, mas sim de plantas mais simples, que exijam menos do solo para crescer. Com o tempo, a terra vai se tornando mais próxima do nosso planeta, e dá para pensar em desenvolver plantações mais complexas. Até florestas!

A grande vantagem de se desenvolver agricultura em outros planetas é a produção de oxigênio. Sabemos que as plantas usam gás carbônico no processo de produção de energia, e devolvem oxigênio para o ambiente. Como este gás é o que nos faz vivos, as plantas têm um papel fundamental nesse processo.

Há outros desafios que devem ser levados em consideração. A duração do dia é Como Marte fica mais longe do Sol do que a Terra, menos luz solar chega até ele. O que faz as temperaturas variarem muito: de -125°C no inverno a 22°C no verão. Durante o dia, na linha do Equador marciano, faz até 20°C. À noite, -70°C. Isso acontece por conta da fina atmosfera, que não consegue reter o calor do ar.

É possível agricultura em Marte?

Levando em consideração todos esses desafios, a ideia não parece ser impossível. Mas não é algo que se consegue rapidamente. Ainda a tecnologia e o conhecimento humanos caminham para se ter mais informações sobre o planeta vermelho. É aí que entram os profissionais e cientistas de várias áreas do conhecimento, como Biologia, Agronomia, Engenharia e Matemática.

Assim, com essas informações de antemão, é possível desenvolver técnicas e tecnologia para se pensar em enviar seres humanos ao planeta, para um primeiro contato. Depois, pensar em formas de estabelecer colônias permanentes e até cidades. Já nesta fase, a agricultura será algo corriqueiro e essencial para a sobrevivência humana.

E em outros planetas, como seria? Tudo depende da distância dele para a Terra, em quais condições a viagem até lá será feita, e como é a atmosfera dele. Vênus, que também é nosso vizinho, é até mais perto da Terra do que Marte – para se chegar até lá, leva-se pelo menos cinco meses. O que dificulta um pouco as coisas é a temperatura da superfície, que chega a 500°C. Mas a atmosfera venusiana é mais camarada – o que permitiria estabelecer colônias em naves que ficariam orbitando o planeta. E também desenvolver alguma agricultura para manter os humanos alimentados.

No final das contas, a ciência é a principal ferramenta para se pensar em colonizar outros planetas e, para isso, estudar é o primeiro passo. Continue na Voomp para ter mais informações sobre como as formações profissionais podem contribuir para esse progresso!

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