InícioGraduaçãoPsicologiaO que representa Sigmund Freud para a Psicologia contemporânea?

O que representa Sigmund Freud para a Psicologia contemporânea?

A contribuição de Freud para a Psicologia Contemporânea vai desde a abordagem individual do paciente à descoberta do inconsciente.

O médico austríaco Sigmund Freud contribuiu bastante com a Psicologia contemporânea. Foi ele quem passou a utilizar a entrevista individual como parte do tratamento. Nesse trabalho, Freud analisava os depoimentos e fazia relações entre a vida, história e distúrbios que o paciente apresentava. Mas isso não começou da noite para o dia.

Freud trabalhou com pesquisadores respeitados da época, que o fizeram ver outras perspectivas sobre a mente humana. Ele foi até a França para estudar com um deles, Jean-Martin Charcot, um psiquiatra francês que utilizava a hipnose como tratamento dos pacientes. A hipnose é um estado no qual a pessoa fica relaxada, mas com a atenção bastante focada em algo. Esse foi um dos principais pontos de partida da Psicanálise.

Freud e a conversa como auxiliar da cura

Ele passou a usar a hipnose em pacientes no Hospital Geral de Viena, onde trabalhava como psiquiatra. Foi essa abordagem que o fez desenvolver os pilares da Psicanálise, a “análise da mente”. Freud começou a fazer associações entre os relatos das pacientes com seus sintomas, que iam de alucinações à perda de controle motor.

O psiquiatra austríaco conseguia, por meio dessa abordagem, acessar informações das pacientes que estavam até então escondidas. É o que se conhece hoje como memórias reprimidas, de acontecimentos traumáticos, perturbadores e tristes. Entram nessa lista também desejos contidos, que por algum motivo não puderam ser satisfeitos e ficam latentes. Freud passou a relacionar os sintomas aos relatos, e essa foi uma das grandes contribuições para a Psicologia de hoje.

Não que os psicólogos hipnotizem seus pacientes em uma sessão. Mas a conversa que Freud desenvolvia com os pacientes os fazia entender o porquê de terem determinados sentimentos. Assim, eles mesmos conseguiam caminhar no sentido de superar seus problemas. É a cura por meio da conversa – abordagem bastante usada na Psicologia contemporânea.

A diferença entre consciente e inconsciente

Esses termos hoje são bem comuns, e utilizados na Psicologia de forma bastante ampla. Mas Freud organizou esses conceitos baseado nos relatos que ouvia dos pacientes. O consciente é aquilo que pensamos de forma ordenada, que sabemos que pensamos e temos controle. O inconsciente fica escondido, não é acessado com facilidade e não depende do consciente para funcionar. Há também o pré-consciente, que fica no meio do caminho.

Uma imagem que ilustra bem essa diferença é um iceberg. O que está à mostra, acima da água, é o consciente. Tudo aquilo que está abaixo do nível da água, é o inconsciente. Para Freud, é a somatória de acontecimentos ou desejos que são mantidos em segredo, por serem difíceis de lidar.

É como se esses acontecimentos perturbadores ficassem trancados em uma caixa e jogassem a chave fora. Freud percebeu que, como é algo doloroso para enfrentar, o consciente prefere escondê-lo a ter que lembrar de sua existência. Mas esse truque não funciona para sempre.

Ao longo dos anos, esses acontecimentos traumáticos produzem sintomas físicos ou psíquicos, que não são facilmente diagnosticáveis por exames tradicionais. Foi a observação de Freud nos relatos dos pacientes que mostrou o quanto o inconsciente interfere na saúde humana.

Enquanto seus pacientes relatavam algum fato, Freud prestava atenção aos atos falhos, ou erros na fala, comportamento ou memória. É o famoso falar o que não deve, como trocar o nome do cônjuge atual pelo do ex-cônjuge, por exemplo. É como se o inconsciente soltasse um pouco do que sabe para o mundo externo.

Freud explica

Esse é um exemplo simples, mas esse conceito foi uma grande contribuição para a Psicologia contemporânea. Embora hoje essa ideia seja mais ampla, foi Freud que trouxe o assunto à tona. Em uma consulta, os atos falhos podem falar mais sobre a pessoa e seus problemas, visto que eles vêm de uma parte da mente que é inacessível. Mas também podem ser associados ao estresse do dia a dia. Ou seja, nem sempre um ato falho é um desejo reprimido.

Os vários livros escritos por Freud traziam ideias bastante avançadas para sua época, e mostravam o quanto (não) se sabia sobre a mente humana. A frase “Freud explica” fala bem sobre essa grande contribuição do psiquiatra austríaco para a Psicologia contemporânea. Outro conceito desenvolvido por ele é o de Id, Ego e Superego, que se relacionam com o inconsciente e consciente e procuram explicar o funcionamento da mente humana.

Para Freud, o Id são aqueles desejos mais primitivos, a busca imediata pelo prazer, ele busca satisfazer as necessidades sem pensar. Já o Ego traz a razão, a realidade e a análise, e é o Ego que controla os impulsos do Id. O Ego só permite que algo seja feito depois de estudar todas as causas e consequências do ato. É o princípio da realidade. O Superego vem com o princípio do dever, é ele quem vem com os conceitos morais e da vida em sociedade.

Um exemplo de como essas instâncias da consciência funcionam, pense no doce que você quer comer depois do almoço. Para o Id, o importante é satisfazer essa vontade a qualquer custo. O Superego diz que não é necessário, porque você já se alimentou. O Ego faz a mediação entre os dois polos e analisa até que ponto é válido comer ou não o doce.

Psicologia Contemporânea e Freud

O médico austríaco trouxe conceitos inovadores para sua época. As sessões de terapia por meio da conversa foi uma delas. Psicólogos, hoje, usam as entrevistas individuais como parte do atendimento aos pacientes.

A ideia de inconsciente e consciente, desenvolvida por Freud, é também bastante utilizada na Psicologia contemporânea.

Atualmente, o conceito de inconsciente foi ampliado, e diz também sobre o que aprendemos do mundo sem que tenhamos consciência.

Registramos, sem percebermos, acontecimentos ou locais do dia a dia, e essas memórias podem ficar guardadas no inconsciente. Esses registros podem ou não disparar determinados sentimentos que estão represados, e um profissional consegue acessá-los de forma segura, de forma a ajudar o paciente.

Portanto, Freud trouxe uma boa contribuição para a Psicologia contemporânea. Das entrevistas individuais ao entendimento mais profundo da mente humana, seus conceitos são estudados e utilizados, em maior ou menor grau.

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