InícioDicasFIESQual é o impacto do Fies na sociedade brasileira?

Qual é o impacto do Fies na sociedade brasileira?

Entrar no ensino superior é garantia de ter um trabalho com remunerações melhores na nossa sociedade. É também um salto na vida profissional. Dessa forma, sejam cursos de licenciatura, tecnólogo ou bacharelado, o diploma ajuda na hora de encontrar um trabalho. Mas pagar as mensalidades ainda é um desafio.

É aí que entra o Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil, do Ministério da Educação (MEC). Por meio dele, alunos de baixa renda, que não teriam condições de arcar com as mensalidades, conseguem entrar na faculdade. Isso permite que, cada vez mais, esses alunos consigam ingressar na faculdade.

Como surgiu o Fies?

Com esse nome, foi em 2001, mas ele surgiu como Crédito Educativo em 1976. Ou seja, a sociedade brasileira já sabia que era importante desenvolver programas de financiamento estudantil. Ele foi concebido com o objetivo de financiar alunos carentes na faculdade.

Naquela época, os recursos para o financiamento vinham das loterias federais – e isso acontece até hoje. Parte do valor pago pelas apostas vai para o fundo. Com a edição da Constituição de 1988, o MEC também passou a fazer parte do bolo de financiamento, junto com os rendimentos das loterias.

Mas ele precisou passar por uma série de ajustes, ainda mais com a correção dos valores pela inflação (que naquela época era astronomicamente alta), o Crédito Educativo foi reformulado. Foi em 2001 que ele ganhou o nome de Fies e tem as regras que temos hoje.

Quem tem direito?

Para ter direito ao Fies, o aluno precisa comprovar que tem renda familiar mensal de até 15 salários mínimos. Os valores financiados são de 50%, 75% e 100% do valor da mensalidade. No final do curso, o aluno paga o valor restante em parcelas mensais, e o prazo para quitar a dívida é de até 14 anos.

O aluno deve entrar no site do Fies, preencher com seus dados pessoais, a renda familiar e os dados do curso no qual estuda. Em determinado momento, ele precisará mostrar essa documentação aos agentes financeiros, que são os bancos conveniados com o MEC para fazer o financiamento. Os bancos são o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Caso o aluno, depois de formado, tenha algum problema com o pagamento das mensalidades, ele pode solicitar uma renegociação da dívida, para que ele fique em dia com os pagamentos.

Quais os cursos têm financiamento?

Se o curso é autorizado pelo MEC e tem nota igual ou superior a 3 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), é possível pedir o financiamento pelo Fies. Valem cursos de licenciatura, tecnológico e bacharelado, tanto presencial quanto à distância.

Há outras formas de bolsas de estudo, como o Prouni, e também as que as instituições de ensino superior desenvolvem por conta própria. Veja qual é o mais indicado para o seu caso.

Importância do Fies na sociedade

Antes de mais nada, é fundamental ter em mente que a educação é um dever de estado, que é garantido pela Constituição. É por meio da educação que se consegue diminuir as desigualdades sociais e ter uma sociedade mais justa.

O curso superior é uma forma de inserir os jovens no mercado de trabalho de forma profissional. Mas, para muitos alunos de baixa renda, pagar uma faculdade particular é o maior obstáculo. Por isso, o Fies é uma das portas de entrada para a vida profissional.

Mais profissionais no mercado com o Fies

Há áreas do mercado de trabalho que são bastante carentes de profissionais formados. As da área da Tecnologia da Informação são um exemplo. Assim, mesmo com a quantidade de estudantes que terminam o curso todos os anos, ainda falta gente capacitada. Com o Fies, mais e mais alunos têm acesso a este conhecimento e, assim, podem trabalhar nessas áreas.

Mas há outras que também precisam de pessoas qualificadas. Engenheiros, professores, profissionais da área da saúde, entre outros. Facilitar o acesso ao ensino superior é permitir que mais alunos possam se graduar e preencher essa lacuna.

Diminuição da desigualdade social

Quem tem curso superior chega a ganhar 144% a mais do que tem ensino médio. Esse é um dado de um estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre educação em 46 países – Brasil incluído.

Mas esse é o valor médio da pesquisa. No Brasil, a diferença é ainda maior – de 256%. Ou seja, ter um diploma de ensino superior é garantia de conseguir postos de trabalho com melhores remunerações.

O salário pode subir ainda mais no caso de profissionais com pós-graduação. Como são mais especializados em determinadas áreas, ele é melhor remunerado.

Conta tempo de experiência

Não somente a formação acadêmica conta na hora de ter um trabalho com salário maior, mas também o tempo de experiência no cargo. Sabe quando você vê em vagas de emprego ‘junior, pleno e sênior’? É a quantidade de anos de experiência na função.

Os profissionais nível júnior são geralmente os recém-formados. Eles tendem a receber o piso da categoria de trabalho. Já os de nível pleno têm entre 4 e 6 anos de casa, dependendo da função. Eles também tem mais responsabilidades. Já os de nível sênior geralmente ocupam cargos de gerência, coordenação ou direção. Além de ter um salário maior, tem muito mais responsabilidades.

Fies e o estudo contínuo

Não é porque o aluno se formou na faculdade que acabou a fase de estudos. Ele continuará pagando o Fies, mas não pode deixar de estudar. O mercado de trabalho é muito dinâmico e novas tecnologias aparecem frequentemente. Assim, quem se mantém por dentro da sua área de atuação tem mais chances de conseguir posições melhores. E também de não ficar para trás no mercado de trabalho.

Dessa forma, uma vez graduado, o profissional pode ingressar em cursos de pós-graduação, de extensão ou cursos livres, para adquirir conhecimentos específicos. Isso conta muito no currículo. E com a facilidade dos cursos online, fica mais fácil ainda se atualizar. Afinal, tempo é dinheiro, e se puder estudar a qualquer hora, de qualquer lugar, melhor.

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