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Vestibulares, estudos e saúde mental na pandemia: como conciliar?

A pandemia trouxe inúmeras mudanças a vida das pessoas. Mas, é inegável que a juventude sofreu em demasia; não só com a interrupção, mas também com a reformulação dos seus sonhos e expectativas. Por isso, criamos este artigo, que fala sobre como conciliar os vestibulares, estudos e saúde mental na pandemia.

Neste artigo, iremos te apontar alguns dados referente à saúde mental e todo o contexto educacional no decorrer da pandemia. Ainda, te daremos algumas dicas recomendadas por especialistas do bem-estar humano.

Vamos lá?

Como a pandemia nos afeta?

Em primeiro lugar, vamos destrinchar o termo afeto sob a ótica da psicanálise. Esta ótica, diz respeito ao que nos toca no campo dos sentimentos e emoções, considerando que estes, não necessariamente são positivos.

Assim, partiremos da afirmação de que a pandemia nos afeta, de um jeito ou de outro. Diante disso, consideraremos que o que nos fez paralisar o mundo foi uma doença que pode ser letal.

Tratar do que é irreversível, como a morte, nunca é fácil. Ainda mais quando vem assim, de forma tão repentina e agressiva. Ou seja, nossas mentes e corpos, mesmo daqueles que aparentemente não estão afetados pela pandemia, sentem este afeto. Sentem medo de contaminar e ser contaminados, de adoecer, de morrer ou perder alguém.

Ainda, além dos medos relacionados à nossa existência, há aqueles que perpassam o nosso lugar na sociedade. Então, medo de perder o emprego, medo de colocar os sonhos e metas na prateleira, medo de ficar tão afastado dos amigos e família a ponto de esquecer de como é estar próximo deles; seguindo assim, uma infinita lista de aflições e afetos.

Mas, no tópico a seguir vamos aos dados que nos mostram que, de certa forma, estamos todos no mesmo temporal em meio ao mar bravio. Todavia, vale ressaltar que estar no mesmo temporal não significa estar no mesmo barco. Alguns estão em navios, outros em botes e alguns, simplesmente a deriva.

Como está a saúde mental dos brasileiros na pandemia?

Escolhemos aqui, alguns dados dispostos por uma matéria de 2020 da BBC News. O conteúdo da matéria fala sobre a saúde mental dos brasileiros comparativamente, tanto com outros países, como dados de anos anteriores a pandemia.

A primeira informação é que “53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano. Essa porcentagem só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%)” relata a pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial.

Ainda, um artigo da Fiocruz analisado pela BBC, alega que outras seis universidades em meados do ano passado, dizia que “sentimentos frequentes de tristeza e depressão afetavam 40% da população adulta brasileira, e sensação frequente de ansiedade e nervosismo foi relatada por mais de 50% das pessoas.

Por fim, um relatório de 2017 da OMS apontava o Brasil como o país com a maior prevalência de transtornos de ansiedade nas Américas: o problema afetava 9,3% da população, o equivalente a 18,6 milhões de pessoas. E que hoje, a situação foi agravada pela pandemia e a crise econômica.

E, agora vamos ao próximo tópico. Fique conosco, mesmo não sendo a matéria mais otimista já lida, uma das dicas para encarar tudo isso e conciliar os estudos ao momento pandêmico é entender que nada disso é um problema só seu, tampouco sua culpa. A insatisfação é geral, certo?

Mas, antes de passar para a próxima pauta, fica aqui a dica de um excelente podcast do B9 para entender o cérebro pandêmico. Basta clicar aqui.

Afinal, como ficam os estudantes e os vestibulares?

Os estudos não pararam. Tanto nas escolas, quanto universidades e cursinhos preparatórios. No entanto, modificaram as suas estruturas e isso não foi tão animador para muitos dos estudantes.

Todavia, ao passar dos meses, alguns estudantes foram descobrindo formas de adequar-se. Estratégias foram formuladas individualmente, visando o bom rendimento acadêmico.

Porém, essa não foi a realidade da maior parte dos brasileiros. Com a crise causando um efeito dominó em todos os setores de nossas vidas, muitos jovens tiveram os seus estudos gravemente afetados. E, há dados de instituições sérias sobre essa temática. Confira:

  • Segundo dados da Unicef, 3,8% dos estudantes com idade entre 6 e 17 anos abandonaram as escolas em 2020, cerca de 1,38 milhões de pessoas;
  • Segundo a reportagem da Folha, o Governo Federal brasileiro relatou que houve intensa redução nas inscrições no Enem 2021 e esta será a menor edição em 13 anos. Inscreveram-se para o exame 4 milhões de pessoas.

O número representa recuo de 44% com relação ao volume de inscritos no ano passado. E, no ano passado, já havia ocorrido uma abstenção recorde, agravada ainda com a falta no dia do exame de 5,8 milhoes de inscritos.

Como recuperar-se e conciliar vestibular, estudos e pandemia?

Independente da natureza das problemáticas, a humanidade vem de acontecimentos densos e transformadores. Assim, a pandemia é colocada na conta de mais um destes ocorridos.

E, é claro que sairemos desta situação mais fortes e resilientes. Assim, pesquisamos dicas de profissionais da saúde física e mental para conciliar estes aspectos de forma saudável. Então, confira:

Dormir

A dica número um é a mais básica de todas: dormir. Segundo o site Tua saúde, dormir bem ajuda a fortalecer a capacidade do organismo para combater infecções, ajudando a manter-se saudável, pois durante o sono o corpo produz proteínas extras que ajudam o sistema imune a ficar mais forte, principalmente em situações de estresse.

Ainda, os profissionais apontam que o ideal, é dormir de 8 a 10 horas por dia. Assim, calcule o horário de deitar-se conforme o horário que acorda, apague as luzes e descanse.

Lazer

Ora, lazer e estudo?

Certamente você se fez essa pergunta. A ciência nos conta que ter momentos de prazer, diversão e relaxamento são fundamentais para manter sadia a sua mente.

Assim, encontre coisas que você goste de fazer. Assista bons filmes, pinte, desenhe, dance, converse com os amigos, mas reserve entre os seus estudos, momentos prazerosos para si.

Terapia

A psicologia analítica é excelente para nos fazer entender os sentimentos e emoções. Ademais, são extremamente eficazes quando estamos assim, tão vigilantes e com as perspectivas bagunçadas.

Assim, se você tem a oportunidade de fazer terapia, faça. E, vale dizer que há vários projetos em universidades como a USP e a UFRJ com programas de atendimento gratuito a quem necessita. Invista em sua saúde mental.

Pratique exercícios físicos

Para além de se autodesafiar, a prática de exercícios físicos libera vários hormônios de bem-estar que podem te ajudar a cuidar da saúde do corpo e da mente.

Ademais, uma das consequências para lá de positivas relacionada a prática de exercícios físicos, é a disciplina. E, para os estudos, é fundamental ter disciplina e organização.

Por fim, pule corda, faça caminhadas, yoga ou agachamentos na sala de casa, mas não deixe fazer.

Assim, conciliando doses um tanto quanto severas da realidade, associadas às práticas de bem-estar mencionadas, garanto que você, querido leitor, irá conseguir conciliar vestibulares, estudos e saúde mental.

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