InícioGraduaçãoFisioterapiaO que faz um fisioterapeuta osteopata?

O que faz um fisioterapeuta osteopata?

Em primeiro lugar, para responder essa pergunta, é necessário definir o que é a osteopatia. Sendo assim, de maneira resumida, é um método de diagnóstico e tratamento, que se utiliza de recursos manuais para tratar dores do corpo. Nesse contexto, o que faz um fisioterapeuta osteopata?

É o profissional que trabalha com foco na origem da dor, tendo em vista que ela pode ser causada só não por uma lesão, mas por um desequilíbrio do organismo. Porém, o método não é novo, e teve sua origem nos Estados Unidos, em 1874, com um médico chamado  Andrew Taylor Still.

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO reconheceu a Osteopatia como uma especialidade profissional desde 2011. A área é muito interessante para fisioterapeutas pois é uma possibilidade de ampliar os horizontes, especialmente no que diz respeito à técnicas manuais e diagnóstico de pacientes, já que são necessários sólidos conhecimentos em anatomia e fisiologia humana. 

Agora que você já sabe o que faz um fisioterapeuta osteopata? Então continue a leitura e descubra como você pode seguir nessa carreira!

Técnicas da osteopatia

Para os fisioterapeutas que se interessam pela área, em primeiro lugar é necessário informar-se sobre a especialidade e saber no que está baseado a filosofia e a prática dessa técnica. Sendo assim, a osteopatia é norteada pelas seguintes premissas:

  • Substâncias curativas são produzidas pelo próprio corpo;
  • A saúde está ligada à integridade estrutural;
  • Em geral, os vícios são as causas das doenças.

Outra informação importante para os fisioterapeutas que pretendem seguir na osteopatia é que, na criação do método, o médico Andrew Taylor Still definiu quatro grandes princípios para a especialidade: 

  • Os ossos, músculos, órgãos, entre outros estão inter-relacionados com vários sistemas do corpo humano;
  • Nosso organismo tem a habilidade de autorregulação e cura, logo que são eliminados os obstáculos que promovem as doenças;
  • A circulação vascular – ou seja, a circulação sanguínea – está diretamente ligada ao bom funcionamento do nosso organismo;
  • Os fluxos nervoso, vascular e linfático são essenciais para a conservação da saúde.

Atuação da fisioterapia em osteopatia

As técnicas da osteopatia são utilizadas, de forma ampla, no tratamento de lombalgias, torcicolos, labirintites, hérnia de disco e articulações têmporo-mandibulares (ATM), além de ter eficácia como coadjuvante no tratamento de distúrbios como crises de ansiedade ou em casos de pacientes com tensões provocadas pelo estresse laboral. Além disso, a osteopatia também pode contribuir no tratamento de outras enfermidades como: 

  • Enxaqueca;
  • Dor nas costas;
  • Dor ciática;
  • Dores no quadril;
  • Lesões relacionadas ao esporte ou ao trabalho
  • Dor de Cabeça
  • Problemas funcionais respiratórios
  • Constipação intestinal
  • Problemas funcionais digestivos
  • Cólicas
  • Também em bebês, na dificuldade de mamar, refluxo e cólicas.

Apesar dos benefícios da osteopatia, os fisioterapeutas devem estar atentos às contraindicações no uso desse método. Isso é claro, vai depender de uma avaliação individualizada de cada paciente e do quadro da sua doença. Mas de forma geral, a osteopatia não é recomendada nos seguintes casos: 

  • Doenças tumorais, infecciosas ou inflamatórias da coluna;
  • Alterações metabólicas;
  • Doenças degenerativas como: aterosclerose e metástases ósseas, entre outros;
  • Fraturas e entorses na região de tratamento;
  • Quadros articulares agudos, como artrite reumatóide;
  • Lúpus;
  • Espondilite anquilosante;
  • Anquilose;
  • Artropatias traumáticas recentes;
  • Hérnia discal extrusada;
  • Insuficiências circulatórias localizadas;
  • Estruturas inflamatórias e infecciosas;
  • Trombose;
  • Cancro;
  • Osteoporose avançada;
  • Síndrome de insuficiência vértebro basilar circulatória.

Como iniciar na área de osteopatia?

O profissional osteopata está na lista da Classificação Brasileira de Ocupações – que identifica as funções no mercado de trabalho, cria atividades e requisitos de formação. Além disso, esse sistema também define sobre experiência profissional e as condições laborais dos trabalhadores, como um todo. 

Quem exerce a profissão de osteopata é inscrito no Registro Brasileiro de Osteopatas. Sendo assim, para exercer a ocupação é exigida a formação osteopática segundo modelos de formação sistematizados pela Organização Mundial de Saúde – OMS. Podem formar-se na especialidade de osteopatia, os profissionais de fisioterapia, medicina e educação física, já graduados, ou que estejam no último ano da graduação. 

No Brasil, desde 2001, por meio da Resolução No. 220, o Conselho Federal de Fisioterapia reconhece a especialidade de osteopatia, como um conjunto de técnicas a ser desempenhadas por fisioterapeutas. Sendo assim, os profissionais fisioterapeutas osteopatas, depois de capacitados, são registrados no Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO e nos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – CREFITO. 

Como escolher uma formação em osteopatia?

São muitas opções de cursos e instituições, mas é preciso estar atento aos cursos que realmente são reconhecidos para a formação, em especial pelo MEC e pela Organização Mundial de Saúde – OMS. Listamos algumas dicas para ajudar nessa escolha:

  • Consulte as informações nos sites da Associação de Osteopatas do Brasil – AOB e do COFFITO, esses órgãos normatizam a especialidade no Brasil;
  • Veja se a formação atende às normas nacionais e internacionais referentes à Osteopatia, que são definidas pelo o COFFITO, a AOB e a OMS.

As formações para osteopatas devem atender os seguintes parâmetros mínimos: 

  • Ter pelo menos 1.000 horas de aulas teóricas;
  • Ter pelo menos 500 horas de práticas supervisionadas em osteopatia;
  • A formação deve acontece no mínimo em quatro anos;
  • A escola deve ter sistema de controle de frequência e avaliações teóricas e práticas periódicas;
  • A escola deve ter um programa de ensino compatível com o preconizado pela Associação de Osteopatas do Brasil;
  • O corpo docente da escola deve ser composto por especialistas em Osteopatia.

Mercado de trabalho para fisioterapeutas osteopatas

Se levarmos em consideração que, entre as doenças que os fisioterapeutas osteopatas podem tratar, estão as dores de coluna, as estatísticas brasileiras já mostram uma realidade para o mercado de trabalho desses profissionais. Desde o começo da pandemia, com o isolamento social, e consequentemente o contexto de home office, pouco ou nenhum exercício físico e o estresse, os casos de dores de coluna aumentaram 41% – segundo uma pesquisa desenvolvida pela UFMG, Fiocruz e Unicamp. 

Essas estatísticas justificam a busca crescente por profissionais de fisioterapia, especialmente os que são especializados em osteopatia. Além disso, a modalidade foi incluída entre as práticas de medicina integrativa do Sistema Único de Saúde – SUS, o que facilitou ainda mais o acesso das pessoas à essa especialidade. 

O salário do fisioterapeuta osteopata vai depender de vários fatores, entre eles do tempo de formação, de quanto tempo o profissional atua no mercado de trabalho, se o fisioterapeuta atende em consultório particular ou em redes públicas de saúde. Mas, de forma geral o salário para um fisioterapeuta osteopata iniciante é de R$ 1.575,00 e para profissionais que tem mais de oito anos no mercado é de R$ 6.501,00.

Continue nos acompanhando para mais informações que podem ajudar no seu desenvolvimento acadêmico e profissional, vem de Voomp!

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